quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Yo Sí Puedo! Sim Eu Posso!

O método de alfabetização criado e utilizado em Cuba durante os anos seguintes a revolução de 1959, continua mostrando sua incrível capacidade e provando que a vontade política é mais que suficiente para educar todo o povo de um país.
Num país altamente degradado pela guerra que levou à revolução, os militantes socialistas e o povo cubano ergueram-se numa imensa campanha de alfabetização, sob a idéia "se você não sabe aprenda, se você sabe ensine", que mobilizou milhares de pessoas e erradicou os 23% da população analfabeta urbana cubana e o analfabetismo de toda população rural. Em três anos Cuba estava livre do analfabetismo.
Sem paixões, o sistema educacional cubano é um dos melhores do mundo e é totalmente público!
Agora, não satisfeitos na realização com seu próprio povo, Cuba da uma força a outros países da américa latina, que têm governos realmente comprometidos com seus povos: Venezuela e Bolívia.
A venezuela, na verdade, já é território livre de analfabetismo em 2005, mas, sob a influência das idéias de José Martí sobre a América Latina, não parou no aprendizado e agora auxilia, junto a Cuba, o processo realizado na Bolívia, que até dia 20 deste mês deverá declarar-se, também, livre de analfabetismo!
Até hoje, foram alfabetizadas mais de três milhões de pessoas em 28 países com o método Sim eu posso!, nos mais variados idiomas. Na bolívia, por exemplo, foi feito uma elaboração na língua originária dos povos Quechuá e Aimara, além dos métodos para surdos-mudos e em bráile, este último desenvolvido na Venezuela.
O Brasil tem hoje 16 milhões de analfabetos, número que sobe a 33 milhões, considerando-se os analfabetos funcionais... Paulo Freire tentou reverter esta situação na década de 60, mas sua pedagogia baseada na idéia do aprendizado mútuo, educador-educando, foi proibido pela ditadura militar, que preferiu um acordo com a USAID, orgão estadunidense baseado no método privado de educação, voltado para a profissionalização, que impera hoje no nosso modelo "educacional".
Isso sem contar que o processo, feito em vídeo-aula, foi levado até a áreas sem energia elétrica, graças a painéis solares doados por Cuba e Venezuela. O custo dessa empreitada pode parecer alto, 36 milhões de dolares, no entanto, dividido pelo número de pessoas atendidas, o processo atinge a cifra de 150 dolares por pessoa.

Viva a Revolução Cubana, 50 anos de revolução em curso, pra muito além de uma ilha no caribe...

Nenhum comentário: