quinta-feira, 30 de abril de 2009

Precisamos Aprender a Enxergar

Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)

Thiago de Mello



Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
uso do traje branco.

Artigo XI
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.

Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

Nada É Impossível De Mudar

Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois, em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural.
Nada deve parecer impossível de mudar.

Bertolt Brecht

O nome da gripe é Smithfield Foods (Agronegócio)

por Cristóvão Feil, no Diário Gauche

Eu sempre insisto aqui neste blog Diário Gauche que o nome que se dá a coisas, objetos, projetos, episódios e até a doenças é muito importante.

Vejam o caso dessa epidemia mundial de gripe viral. Estão chamando-a – de forma imprópria – de gripe suína. Nada mais ideológico. Nada mais acobertador da verdade.

O vírus dessa gripe se originou da combinação de múltiplos pedaços de ADN humanos, aviários e suínos. O resultado é um vírus oportunista que acomete animais imunodeprimidos, preferencialmente porcos criados comercialmente em situações inadequadas, não-naturais, intensivas, massivas, fruto de cruzamentos clonados e que se alimentam de rações de origem transgênica, vítimas de cargas extraordinárias de antibióticos, drogas do crescimento e bombas químicas visando a precocidade e o anabolismo animal.

Especulações científicas indicam que o vírus dessa gripe teve origem nas Granjas Carroll, no Estado mexicano de Vera Cruz. A granja de suínos pertence ao poderoso grupo norte-americano Smithfield Foods, cuja sede mundial fica no Estado de Virgínia (EUA).

A Smithfield Foods detém as marcas de alimentos industriais como Butterball, Farmland, John Morrell, Armour (que já teve frigorífico no RS e na Argentina), e Patrick Cudahy. Trata-se da maior empresa de clonagem e criação de suínos do mundo, com filiais em toda a América do Norte, na Europa e China.

Deste jeito, pode-se ver que não é possível continuar chamando a gripe de “suína”, pois trata-se de um vírus oportunista que apenas valeu-se de condições biológicas ótimas – propiciadas pela grande indústria de fármacos, de engenharia biogenética, dos oligopólios de alimentos e seus satélites de grãos e sementes. Todos esses setores contribuiram com uma parcela para criar essa pandemia mundial de gripe viral.

O nome da gripe, portanto, não é “suína”. O nome da gripe é: “gripe do agronegócio internacional” – que precisa responder judicialmente o quanto antes – urgentemente – pela sua ganância e irresponsabilidade com a saúde pública mundial.

link para postagem original: http://diariogauche.blogspot.com/2009/04/o-nome-da-gripe-e-smithfield-foods.html

O espetáculo da gripe

por Luiz Carlos Azenha no sítio internet Ví o Mundo

Lá vamos nós, de novo, embarcar na montanha russa da mídia. Agora é a vez de você, caro telespectador, curtir todas as emoções da gripe seja-lá-como-decidiram-batizá-la.

Uma amiga, no México, me liga: e aí? Fique tranquila. Você não vai pegar gripe. Como assim? Respondo: quantos casos OFICIAIS existem no México? Algumas centenas? Ora, se a Cidade do México tem 22 milhões de habitantes a chance de você pegar a gripe E morrer é tão grande quanto a de acertar na Mega Sena. Oficialmente, ao que eu sei, são menos de 10 mortes no México, que é o epicentro da "epidemia".

Além disso, as chances de você se recuperar da gripe são grandes. É só comparar a relação casos confirmados/mortes no México ou fora dele.

Quantas mortes a malária causa anualmente? Um milhão. Isso mesmo: um milhão de pessoas morrem de malária, doença de pobre, todo ano. É por isso que minha amiga, ao circular na periferia da Cidade do México, descobriu que ninguém usa a máscara. O mexicano comum sabe que é mais provável que morra "atirado" ou atropelado do que de gripe.

Nos próximos dias, teremos todas as manchetes óbvias sobre os bebês, os anões e as mulheres grávidas que pereceram diante da "nova" enfermidade. Meu coração ficará com as vítimas e suas famílias. Nunca com os repórteres que vão fingir preocupação diante de hospitais e centros de pesquisa. Eles estarão a serviço do "espetáculo da gripe", assim como estiveram, não faz muito tempo, a serviço do sacrifício ritual da adolescente Eloá.

"Mas, Azenha, você não acredita na TV?". Costumo dizer que cobro um preço para fazer TV. Para assistir custa mais caro. Não suporto mais "indignação", "preocupação" e "emoção" ensaiadas, de estúdio, essa farsa repetitiva que ocupa o espaço entre dois comerciais.

link para a postagem original: http://www.viomundo.com.br/opiniao/o-espetaculo-da-gripe/

Os bons negócio$ entre o Serra e a editora Abril continuam

por Chicão Dois Passos, em seu blog http://chicaodoispassos.blogspot.com/

É inacreditável!

É dinheiro, milhões, no bolso dos donos da Editora Abril. Eles estão rindo atoa de felicidade.

O dinheiro dos nossos impostos estão sendo DESPERDIÇADOS com eles.

Quando você abre uma revista do grupo Abril é só elogio ao José Serra: competente, capaz, vitorioso...

O novo negócio entre ele$ é o seguinte:

- Contrato: 15/0149/09/04
- Empresa: Editora Abril S/A.
- Objeto: Aquisição de 25.702 assinaturas da Revista Recreio que
serão destinadas às escolas da Rede de Ensino da COGSP e da
CEI. - Prazo: 608 dias
- Valor: R$ 12.963.060,72 quase R$ 13 MILHÕES
- Data de Assinatura: 09/04/2009.
- Extratos de convênios - Convênio: 54/0443/09/06


Esta revista Recreio é dirigida às crianças. Ela custa CARO, porque junto vem um brinquedinho. Custa R$ 10,00, nas bancas de jornal.

O valor da compra SEM LICITAÇÃO é equivalente ao preço do exemplar na banca, sem descontos. No site você pode assinar com 10% de desconto, e uma segunda assinatura dá direito a 35%.

O governo Serra compra 25.702 assinaturas SEM O DESCONTO dado para qualquer um que fizer a assinatura? É demais. Não é incompetência, é planejamento político.

E mais. O brinquedinho que vem junto vai ser usado como? Vai ficar para quem? É o brinquedinho que torna a revista TÃO CARA.

Vale a pena perguntar:

Qual a relevância curricular para tais compras?

Como será O TRABALHO PEDAGÓGICO com as revistas?

Se é para estimular a leitura, como será feito? Quais livros vão usar? Porque não compram outras revistas de melhor qualidade, como a Ciência Hoje para Crianças?

Perguntei para duas professoras de escolas estaduais de SP sobre estes constantes negócios entre o Serra e a Abril. Elas relataram desperdício de dinheiro e falta de planejamento pedagógico.

A editora Abril ainda tem um ganho indireto de marketing: a revista será apresentada para um público que não costuma compra-la. As crianças, vendo o brinquedinho, que não ficará com ela, pedirão para os pais comprar a revista por causa do brinquedo. Se 5% dos pais fizerem isto, será uma aumento monstruoso de vendas da revista.

Será mais dinheiro no bolso dos donos da editora. Eles ficam felizes, eles agem pensando em dinheiro e poder.

Enquanto isto bons livros NÃO SÃO COMPRADOS.

Bons projetos pedagógicos são desconsiderados.

Boas idéias são destruídas, pois o foco é agir de modo a ajudar os donos da editora Abril.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Repórter da Globo desmente versão de cárcere privado

Por Max Costa*, tirado do sítio internet do MST

Vitor Haor, repórter da TV Liberal - afiliada da TV Globo -, depôs ao delegado de Polícia de Interior do Estado do Pará e, em seu depoimento, negou que os profissionais do jornalismo tenham sido usados como "escudo humano" pelos Sem Terra, bem como desmentiu a versão - propagada pela Liberal, Globo e outras emissoras - de que teriam ficado em cárcere privado, durante conflito na fazenda Santa Bárbara, em Xinguara. Está de parabéns o repórter - um trabalhador que foi obrigado a cumprir uma pauta recomendada, mas que não aceitou mais compactuar com essa farsa. Talvez tenha lhe voltado a mente o horror presenciado pela repórter Marisa Romão, que em 1996 foi testemunha ocular do Massacre de Eldorado dos Carajás e não aceitou participar da farsa montada pelos latifundiários e por Almir Gabriel, vivendo desde então sob ameaças de morte.A consciência deve ter pesado, ou o peso de um falso testemunho deva ter influenciado. O certo é que Haor não aceitou participar até o fim de uma pauta encomendada, tal quais os milhares de crimes que são encomendados no interior do Pará. Uma pauta que mostra a pistolagem eletrônica praticada por alguns veículos de comunicação e que temos o dever de denunciar.Desde o início, a história estava mal contada. Um novo conflito agrário no interior do Pará, em que profissionais do jornalismo teriam sido usados como escudo humano pelo MST e mantidos em cárcere privado pelo movimento, em uma propriedade rural, cujo dono dificilmente tinha seu nome revelado. Quem conhecia e acompanhava um pouco da história desse conflito sabia que isso se tratava de uma farsa. A população, por sua vez, apesar de aceitar a criminalização do MST pela mídia e criticar a ação do movimento, via que a história estava mal contada.As perguntas principais eram: como o cinegrafista, utilizado como "escudo humano" - considero aqui a expressão em seu real sentido e significados -, teria conseguido filmar todas as imagens? Como aconteceu essa troca de tiros, se as imagens mostravam apenas os "capangas" de Daniel Dantas atirando? Como as equipes de reportagem tiveram acesso à fazenda se a via principal estava bloqueada pelo MST? Por que o nome de Daniel Dantas dificilmente era citado como dono da fazenda e por que as matérias não faziam uma associação entre o proprietário da fazenda e suas rapinagens?Para completar, o que não explicavam e escondiam da população: as equipes de reportagem foram para a fazenda a convite dos proprietários e com alguns custos bancados - inclusive tendo sido transportados em uma aeronave de Daniel Dantas - como se fossem fazer aquelas típicas matérias recomendadas, tão comum em revistas de turismo, decoração, moda e Cia (isso sem falar na Veja e congêneres).Além disso, por que a mídia considerava cárcere privado, o bloqueio de uma via? E por que o bloqueio dessa via não foi impedimento para a entrada dos jornalistas e agora teria passado a ser para a saída dos mesmos? Quer dizer então que, quando bloqueamos uma via em protesto, estamos colocando em cárcere privado, os milhares de transeuntes que teriam que passar pela mesma e que ficam horas nos engarrafamentos que causamos com nossos legítimos protestos?Pois bem, as dúvidas eram muitas. Não apenas para quem tem contato com a militância social, mas para a população em geral, que embora alguns concordassem nas críticas da mídia ao MST, viam que a história estava mal contada. Agora, porém, essa história mal contada começa a ruir e a farsa começa a aparecer.

* Max Costa é jornalista de Belém e também membro da secretaria geral do PSOL

link para versão original:
http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=6704

1º de Maio - Dia D@s Trabalhador@s

clique na imagem para ampliar

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Mirando 2010, Serra evita aderir ao programa Minha Casa

tirado do sítio internet Vermelho

Enquanto a maioria dos estados busca formas de ampliar a participação no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, com o qual o governo federal pretende construir 1 milhão de moradias em todo o país, o governo de São Paulo, comandado por José Serra (PSDB), cria obstáculos para evitar que o programa seja adotado em São Paulo. É bom lembrar que São Paulo concentra o maior déficit habitacional do país e já tem mais de meio milhão de famílias inscritas à espera da casa própria. O pano habitacional do governo federal prevê que São Paulo tenha o maior lote de moradias: 183.995 casas ou apartamentos. O número se justifica pois o déficit habitacional paulista é bem maior que em qualquer outro estado do Brasil. Faltam 1.478.495 moradias em São Paulo.
Segundo observadores da política paulista, a postura do governador Serra ''é puro jogo eleitoreiro, com vistas exclusivamente a 2010''. Serra estaria incomodado com o fato do governo federal ficar com os ''bônus'' do programa, chefiado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, possível rival de Serra nas eleições presidenciais de 2010.
Os argumentos levantados pelo governo paulista contra o programa são de ordem burocrática. Serra quer que a verba destinada ao programa seja administrada pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano), para, através dela, fazer os contratos com as construtoras e o gerenciamento das obras.
Para a opinião pública, o tucano usa como desculpa para não aderir ao programa que não concorda que o Estado só doe o terreno e cadastre as famílias. Ele quer, também, participar da construção dos imóveis.
Na verdade, os tucanos reivindicam o dinheiro porque a CDHU contingencia recursos para o superávit do Estado.
Para a secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, as condições impostas por São Paulo para aderir ao Minha casa, Minha Vida não são consistentes. Segundo ela, o programa federal não prevê esse repasse de verba, reivindicado pelo governador José Serra, para que Estados e municípios façam a construção dos imóveis.
Nesse programa habitacional de 1 milhão de casas, a prioridade é construir do zero para gerar emprego. ''Os Estados podem continuar com seus programas (habitacionais) e ainda aderirem ao Minha Casa, Minha Vida, explica a secretária ao rebater outra justificativa do governo paulista: a de que através de sua empresa de habitação já se constrói residências em São Paulo.
''Já há R$ 1 bilhão de recursos do PAC disponível para a CDHU'', lembra ela, mostrando que a companhia habitacional paulista já é contemplada com recursos do governo federal.
Pelo programa federal, as construtoras privadas recebem os recursos para a construção das casas mediante projetos aprovados pela União. Os imóveis são financiados para famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 1.395, atualmente), que pagarão prestações equivalentes a R$ 50,00 (hoje) por 10 anos.
Na interpretação do deputado estadual Simão Pedro (PT), coordenador da Frente Parlamentar de Habitação e Reforma Urbana paulista: ''a atitude do Estado é política, e não técnica. Serra evita a adesão por considerar que o programa dará visibilidade à candidatura (presidencial) de Dilma.''

link para postagem original: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=54831

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Balaio Cultural Grajaú

O Informativo Balaio Cultural foi criado em 2006 pelo Coletivo Balaio Grajaú, rede de grupos e organizações que atuam na região do distrito para a articulação dos diversos grupos para o desenvolvimento de atividades culturais e o debate em torno das políticas culturais no distrito. O informativo nasceu com a proposta de ser um instrumento de articulação e expressão das demandas e ações dos grupos e movimentos sociais do distrito do Grajaú e zona sul. Até meados de 2008 o Balaio Cultural era impresso com apoio do Instituto Pólis. A partir de maio do mesmo ano, o informativo passou a ser impresso com apoio do Programa de Valorização de Inciáticas Culturais da Secretária Municipal de Cultura (VAI). Agora em 2009, o Pólis retoma essa relação de apoio para a impressão em parceria com o Coletivo FACA, que colabora na articulação local para a sua produção. Com o intuito de potencializar o informativo, a proposta é:

- Convidar tod@s @s que já participaram do Balaio Cultural do Grajaú a se integrarem ao novo processo;

- Convidar novas pessoas, grupos, coletivos e/ou organizações a participar da construção do Balaio Cultural do Grajaú;

- Discutir coletivamente a estrutura de retomada do Balaio Cultural do Grajaú, a partir de uma proposta mais politizada e participativa;

- Rever o formato anterior no intuito de avaliar a pertinência dos conteúdos já presentes e de propostas novas;

- Não definir estruturas fixas de trabalho, a fim de que tod@s possam se integrar de tudo, a cada nova edição;

- Estabelecer compromissos entre @s participantes, definindo prazos, datas de reuniões, prioridades, processos, divisão de tarefas e afins, sempre coletivamente;

- A cada fim de ciclo, enviar novo convite aos grupos, pessoas, organizações e afins, para aumentar a participação e tornar o espaço descentralizado;

- Realizar, ao menos, três reuniões coletivas para cada processo de edição;

- Dividir o processo de construção do Balaio Cultural do Grajaú em quatro ciclos (1º - Discussão e Definição. 2º - Produção do Conteúdo, 3º - Edição e Montagem, 4º - Divulgação), no intuito de dinamizar o processo e garantir a periodicidade, bem como garantir a participação de tod@s;

- No desenvolvimento de cada ciclo, as equipes terão de marcar encontros e reuniões entre si, para realizar as tarefas com as quais se comprometeram, tendo de antemão as datas para retorno.

Tudo isso pensando o informativo Balaio Cultural como uma forma de passar adiante nossas idéias e discussões, informando de forma articulada o que está acontecendo no Grajaú, visando o desenvolvimento cultural e social de todas as pessoas envolvidas no processo e da região.

A primeira reunião para a retomada do projeto será no dia 25/04 às 18:00 hs no Espaço Cultural FACA, Rua Alziro Pinheiro Magalhães, 580, Jd. Itajaí – Grajaú.

TOD@S QUE QUISEREM PARTICIPAR E CONTRIBUIR ESTÃO CONVIDAD@S!

MST ESCLARECE ACONTECIMENTOS OCORRIDOS NO PARÁ

tirado do sítio internet do MST

Em relação ao episódio na região de Xinguara e Eldorado de Carajás, no sul do Pará, o MST esclarece que os trabalhadores rurais acampados foram vítimas da violência da segurança da Agropecuária Santa Bárbara. Os Sem Terra não pretendiam fazer a ocupação da sede da fazenda nem fizeram reféns. Nenhum jornalista nem a advogada do grupo foram feitos reféns pelos acampados, que apenas fecharam a PA-150 em protesto pela liberação de três trabalhadores rurais detidos pelos seguranças. Os jornalistas permaneceram dentro da sede fazenda por vontade própria, como sustenta a Polícia Militar. Esclarecemos também que:

1- No sábado (18/4) pela manhã, 20 trabalhadores Sem Terra entraram na mata para pegar lenha e palha para reforçar os barracos do acampamento em parte da Fazenda Espírito Santo, que estão danificados por conta das chuvas que assolam a região. A fazenda, que pertence à Agropecuária Santa Bárbara, do Banco Opportunity, está ocupada desde fevereiro, em protesto que denuncia que a área é devoluta. Depois de recolherem os materiais, passou um funcionário da fazenda com um caminhão. Os Sem Terra o pararam na entrada da fazenda e falaram que precisavam buscar as palhas. O motorista disse que poderia dar uma carona e mandou a turma subir, se disponibilizando a levar a palha e a lenha até o acampamento.

2- O motorista avisou os seguranças da fazenda, que chegaram quando os trabalhadores rurais estavam carregando o caminhão. Os seguranças chegaram armados e passaram a ameaçar os Sem Terra. O trabalhador rural Djalme Ferreira Silva foi obrigado a deitar no chão, enquanto os outros conseguiram fugir. O Sem Terra foi preso, humilhado e espancado pelos seguranças da fazenda de Daniel Dantas.

3- Os trabalhadores Sem Terra que conseguiram fugir voltaram para o acampamento, que tem 120 famílias, sem o companheiro Djalme. Avisaram os companheiros do acampamento, que resolveram ir até o local da guarita dos seguranças para resgatar o trabalhador rural detido. Logo depois, receberam a informação de que o companheiro tinha sido liberado. No período em que ficou detido, os seguranças mostraram uma lista de militantes do MST e mandaram-no indicar onde estavam. Depois, os seguranças mandaram uma ameaça por Djalme: vão matar todas as lideranças do acampamento.

4- Sem a palha e a lenha, os trabalhadores Sem Terra precisavam voltar à outra parte da fazenda para pegar os materiais que já estavam separados. Por isso, organizaram uma marcha e voltaram para retirar a palha e lenha, para demonstrar que não iam aceitar as ameaças. Os jornalistas, que estavam na sede da Agropecuária Santa Bárbara, acompanharam o final da caminhada dos marchantes, que pediram para eles ficarem à frente para não atrapalhar a marcha. Não havia a intenção de fazer os jornalistas de “escudo humano”, até porque os trabalhadores não sabiam como seriam recebidos pelos seguranças. Aliás, os jornalistas que estavam no local foram levados de avião pela Agropecuária Santa Bárbara, o que demonstra que tinham tramado uma emboscada.

5- Os trabalhadores do MST não estavam armados e levavam apenas instrumentos de trabalho e bandeiras do movimento. Apenas um posseiro, que vive em outro acampamento na região, estava com uma espingarda. Quando a marcha chegou à guarita dos seguranças, os trabalhadores Sem Terra foram recebidos a bala e saíram correndo – como mostram as imagens veiculadas pela TV Globo. Não houve um tiroteio, mas uma tentativa de massacre dos Sem Terra pelos seguranças da Agropecuária Santa Bárbara.

6- Nove trabalhadores rurais ficaram feridos pelos seguranças da Agropecuária Santa Bárbara. O Sem Terra Valdecir Nunes Castro, conhecido como Índio, está em estado grave. Ele levou quatro tiros, no estômago, pulmão, intestino e tem uma bala alojada no coração. Depois de atirar contra os Sem Terra, os seguranças fizeram três reféns. Foram presos José Leal da Luz, Jerônimo Ribeiro e Índio.

7- Sem ter informações dos três companheiros que estavam sob o poder dos seguranças, os trabalhadores acampados informaram a Polícia Militar. Em torno das 19h30, os acampados fecharam a rodovia PA 150, na frente do acampamento, em protesto pela liberação dos três companheiros que foram feitos reféns. Repetimos: nenhum jornalista nem a advogada do grupo foram feitos reféns pelos acampados, mas permaneceram dentro da sede fazenda por vontade própria. Os sem-terra apenas fecharam a rodovia em protesto pela liberação dos três trabalhadores rurais feridos, como sustenta a Polícia Militar.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA - PARÁ

link para postagem original:
http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=6660

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Xadrez sem muros - Meninas em ação.


Os companheir@s do Xemalami realizam no próximo dia 19/04 uma edição especial do projeto "XADREZ SEM MUROS " - MENINAS EM AÇÃO , um evento voltado a melhoria da praça e valorização da participação feminina.

maiores informações : www.myspace.com/xemalami


abaixo assinado contra a revisão do plano diretor - assinem !

Caros amigos,
hoje estamos contando com 144 entidades/organizações subscrevendo o abaixo-assinado contra a atual revisão do Plano Diretor Estratégico. Vejam o link http://www.grupos. com.br/blog/ plano-diretor/
Para mais entidades assinarem o documento, encaminhem mensagem
solicitando inclusão para o endereço e-mail abaixoassinado- pde@ig.com. br
Favor divulgar!
Participe do grupo de discussão - inscreva-se mandando uma mensagem para o e-mail abaixo:
plano-diretor@ grupos.com. br. Participe dessa luta na Frente das Entidades.
Abraços a todos
Heitor Marzagão Tommasini
Movimento Defenda São Paulo

Abaixo-assinado contra o atual projeto de revisão do Plano Diretor Estratégico

Para outras entidades subscreverem este documento, mande uma mensagem para abaixoassinado- pde@ig.com. br

ABAIXO-ASSINADO


CONSIDERANDO que a Prefeitura da Cidade de São Paulo não cumpriu o determinado no Art. 293 do Plano Diretor Estratégico vigente, que estabelece os limites legais de sua própria revisão, restrita apenas à adequação das ações estratégicas do Plano Diretor, com possíveis acréscimos de áreas do território da cidade para aplicação dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade;

CONSIDERANDO

que a Prefeitura da Cidade de São Paulo, extrapolando os limites legais da revisão do Plano Diretor Estratégico, simplesmente propôs um novo Plano, o qual suprimiu importantes elementos do desenvolvimento urbano já conquistados, com significativos retrocessos nos aspectos sociais e culturais do Plano vigente, como as alterações das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) ou a retirada da importante figura dos Planos de Bairro, entre outros;

CONSIDERANDO que, ao mesmo tempo, este novo Plano coloca praticamente todo o território urbano sujeito à venda de áreas construídas superiores às atualmente permitidas, liberando sem controle a verticalização e adensamento ao sabor do interesse puramente imobiliário, desconsiderando seus reflexos na evidente ausência de sustentabilidade ambiental de nossa cidade;

CONSIDERANDO que a Prefeitura da Cidade de São Paulo não apresentou nenhum Plano de Habitação, de Transportes e Circulação Viária, dispositivos estes interdependentes e subordinados às diretrizes do Plano Diretor Estratégico vigente, cuja concepção e aplicação integradas são fundamentais para a sua revisão e futura elaboração de adequadas Normas de Uso e Ocupação do Solo, como legalmente previsto e não cumprido pelo Executivo, o que por si só invalida o projeto encaminhado à Câmara;

CONSIDERANDO que a Prefeitura da Cidade de São Paulo procedeu de forma pouco democrática, desde a apresentação do Projeto até o encaminhamento para a Câmara Municipal, retrocedendo no processo de discussão e gestão participativa, através de audiências públicas absolutamente carentes de informação, de tempo para qualquer manifestação pública consistente, em grosseiro arremedo mal disfarçado de democracia;

CONSIDERANDO que a sociedade civil paulistana não aceita mais este tipo de menosprezo para com as Leis e os Direitos constitucionais dos cidadãos de participar da concepção, implementação e monitoramento das intervenções relativas ao desenvolvimento urbano de sua cidade, posto que prejuízos são distribuídos para a imensa maioria da sociedade, enquanto uns poucos se beneficiam;

Preservação ambiental ou segregação da pobreza ?

por: Kleber Luis.
Vejam só! Os epsódios se repetem seja nos morros do Rio de Janeiro ou nas periférias de São Paulo, sempre a elite tentando manter a classe pobre e trabalhadora fora do contato dos vetores de desnvolvimento comercial da cidade, nos querem perto simplesmente para servir como mão de obra barata para manter a grande engrenagem funcionando, essa "limitação" das favelas que propoe o governo do Rio de Janeiro deixa bem claro a postura das classes burguezas frente a nós trabalhadores, bem parecido com o cheque despejo proposto pelo governo de São Paulo em troca da desapropriação das casas nas areas próximas as reprezas e corregos. Sérá que estes muros só irão limitar que as favelas do Rio de Janeiro avancem para as areas de mata atlântica ? Ou estes muros na verdade são um grande pretexto para que os moradores fiquem ilhados dentro de suas comunidades? Que valores simbolicos existem na construção destes muros ? Estas são as soluções encontradas pelo capitalismo, isolar a pobreza por ele mesmo criada?
Que bela solução hein, uma resposta a estes governos higienistas tem que ser dada.

segue materia abaixo!
Sábado, 4 de abril de 2009, 22:17 | Versão Impressa

Limitar favelas com muros é um ato segregador?

Construção gera polêmica

O Estado de S.Paulo

- O governo do Rio de Janeiro vai construir muros no entorno de 11 favelas
para conter o crescimento desordenado das comunidades e a devastação da
mata atlântica. O projeto será implantado apenas na zona sul da capital
fluminense. Os muros, chamados de ecolimites, terão 3 metros de altura e a
extensão total prevista é de 11 quilômetros. O custo calculado é de
aproximadamente R$ 40 milhões. As obras foram iniciadas na favela Santa
Marta, em Botafogo.

Resultado da enquete:

Sim> 29%

Não> 71%

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Stedile: Governo tem medo do debate sobre a crise

por Luciana Lima da Agência Brasil

A falta de debate e de novas idéias para combater a crise financeira mundial levam o governo e a classe empresarial a não conseguir resolver as questões econômicas atuais. A opinião é do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stedile, que, em entrevista à Agência Brasil, disse que o governo tem medo da discussão sobre a crise. “O governo tem medo de entrar de cabeça no debate sobre a crise, temendo repercussões eleitorais”, disse.
O líder do MST defendeu a estatização dos bancos, o fim do superávit primário e a garantia de emprego como formas de construir um “novo modelo econômico” para o Brasil. Ele elogiou o programa habitacional lançado pelo governo, mas se disse preocupado com a execução da construção de 1 milhão de casas. “ Nunca vi construtora ganhar dinheiro construindo casa para pobre”, criticou.
Para Stedile, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apontado pelo próprio governo como alternativa para enfrentar a crise, não cumpre a função anticíclica. “O PAC é um projeto antigo, de antes da crise. É necessário pensar outra matriz industrial para resolver problemas do povo, não da exportação”, destacou.

a entrevista na íntegra está em nossa página de artigos e textos.

A Curandeira... alegria, emoção, revolta e amor

por Rodrigo Gomes

"Quando o Homem arranca as florestas, cria os desertos... e quando arranca os diferentes ele cria... a solidão!"
Esta frase sintetiza um pouco das questões e emoções trazidas a tona na peça A Curandeira, de Adriana Fortes.
Trazendo ervas e curas para os males da carne e da alma, a timida Curandeira nos leva ao riso, as lágrimas, a revolta e a reflexão, quando conta suas estórias, quando se enerva diante do agronegócio, quando lembra que temos corrido tanto, mas parecemos não chegar a lugar algum...
Cantos e versos envolvem os presentes na harmonica proposta, tão simples e tão complicada, de que devíamos "aprender a escutar mais" e que "tudo tem propósito no mundo, mesmo uma simples pedra".
Sem trazer conclusões, A Curandeira nos leva a refletir sobre liberdade imposta e liberdade conquistada, sobre felicidade e sacrificio, sobre vida e morte... mas sem perder a expressão de amor e alegria, e o bom humor!
Enfim toda a peça é uma cura!
Nos faz lembrar que estamos vivos e que embora, nesses tempos cinzentos, não tenhamos mais certeza sobre quem ou o que somos, sempre é tempo de crescer, se desenvolver e construir um novo sentido pra a vida!


A Curandeira está em cartaz no
Centro Cultural São Paulo
terças, quartas e quintas, às 21h
R$15,00 (dia 21/4 - R$2,30)

A Real Face da Monsanto

Em entrevista jornal argentino Página 12, a escritora e documentarista francesa, Marie-Monique Robin apresenta seu novo livro, fruto de três anos de profundas investigações sobre o poder de influência da multinacional sobre Governos e o projeto de controle total da produção de alimentos em nível global. Corrupção, produção de armas químicas e controle sobre o que você come são algumas das denuncias feitas pela francesa.

"Como define a Monsanto?
Monsanto é uma empresa deliquente. E digo por que há provas concretas disso. Foi muitas vezes condenada por suas atividades industriais, por exemplo o caso dos PCB, produto que agora está proibido, mas que segue contaminando o planeta. Durante 50 anos o PCB esteve nos transformadores de energia. E a Monsanto, que foi condenada por isso, sabia que eram produtos muito tóxicos, mas escondeu informação e nunca disse nada. E é a mesma história com outros dois herbicidas produzidos por Monsanto, que formaram o coquetel chamado “agente laranja” utilizado na guerra do Vietnã, e também sabia que era muito tóxico e fez o mesmo. E mais, manipulou estudos para esconder a relação entre as dioxinas e o câncer. É uma prática recorrente na Monsanto."

A entrevista na íntegra está em nossa página de Artigos e Textos.

domingo, 5 de abril de 2009

Leitura Atrasada

por Rodrigo Gomes

Na Caros Amigos 141, dezembro de 2008, há uma ótima entrevista com o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, autor de ações que chamaram a atenção do povo brasileiro por, finalmente, meter a burguesia brasileira na cadeia!
Infelizmente, quando a coisa é com eles, a burguesia, todos os direitos possíveis são respeitados, e inventados quando é o caso, e tudo é feito para tirá-los da prisão o mais rápido possível e garantir o esquecimento do caso...
No entanto, não é de Daniel Dantas que me apreciei na entrevista... Nem de Maluf...
O que mais chamou a atenção foi o esmiuçamento da questão da dívida pública, tão ampliada pela ditadura militar e sua estratégia de escancaramento ao empresariado internacional, mas que foi absurdamente aumentada na gestão do salvador-da-pátria-inteligentíssimo-digno-senhor-doutor Fernando Henrique Cardoso. Sempre resguardado pela escrota mídia empresarial, que assim como a Serra, silencia criminosamente sobre as ações, falcatruas e desgraças nacionais causadas pelo ex-presidente.
Em nossa página de artigos e textos está reproduzido o trecho com a questão da divida pública, mas recomendo à tod@s a leitura completa desta entrevista.

A Ditadura Militar e a Imprensa

por Rodrigo Gomes

Ao completar-se 45 do golpe militar que depôs João Goulart, em 31 de março/1º de abril de 1964, na última quarta-feira, muitos debates estão sendo realizados, todos eles importantes e pertinentes.
Mas, para mim, uma coisa que preocupa é como se comportou a imprensa, essa mesma imprensa que se encontra aqui ainda hoje, manipuladora, interesseira e indigna, mas que tanto faz cena de sofrida, tendo sido (supostamente) perseguida nos 21 anos que duraram a escuridão política de nosso país...
No ano passado, Folha de São Paulo e Estado de São Paulo tiveram espaço para mostrar o que acontecia com a imprensa na época subsequente ao golpe de 64, durante a exposição "68 - Utópicos e Rebeldes", realizada pelo Ministério da Cultura. A choradeira era sensibilizante!
Mas a questão é outra: Como agiram, no momento da ação e logo após, essa imprensa que hoje se diz perseguida???
A resposta é revoltante!
A agência Carta Maior publicou uma pesquisa de Clarissa Pont, sobre as notícias e editoriais publicados à época do golpe, que segue abaixo:

“Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem.

Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.

Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ter a garantia da subversão, a ancora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada ...”

(O Globo - Rio de Janeiro - 4 de Abril de 1964)

“Multidões em júbilo na Praça da Liberdade.
Ovacionados o governador do estado e chefes militares.
O ponto culminante das comemorações que ontem fizeram em Belo Horizonte, pela vitória do movimento pela paz e pela democracia foi, sem dúvida, a concentração popular defronte ao Palácio da Liberdade. Toda área localizada em frente à sede do governo mineiro foi totalmente tomada por enorme multidão, que ali acorreu para festejar o êxito da campanha deflagrada em Minas (...), formando uma das maiores massas humanas já vistas na cidade”

(O Estado de Minas - Belo Horizonte - 2 de abril de 1964)

“Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares que os protegeram de seus inimigos”
“Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais”

(O Globo - Rio de Janeiro - 2 de Abril de 1964)

“A população de Copacabana saiu às ruas, em verdadeiro carnaval, saudando as tropas do Exército. Chuvas de papéis picados caíam das janelas dos edifícios enquanto o povo dava vazão, nas ruas, ao seu contentamento”
(O Dia - Rio de Janeiro - 2 de Abril de 1964)

“Escorraçado, amordaçado e acovardado, deixou o poder como imperativo de legítima vontade popular o Sr João Belchior Marques Goulart, infame líder dos comuno-carreiristas-negocistas-sindicalistas. Um dos maiores gatunos que a história brasileira já registrou., o Sr João Goulart passa outra vez à história, agora também como um dos grandes covardes que ela já conheceu.”
(Tribuna da Imprensa - Rio de Janeiro - 2 de Abril de 1964)

“A paz alcançada. A vitória da causa democrática abre o País a perspectiva de trabalhar em paz e de vencer as graves dificuldades atuais. Não se pode, evidentemente, aceitar que essa perspectiva seja toldada, que os ânimos sejam postos a fogo. Assim o querem as Forças Armadas, assim o quer o povo brasileiro e assim deverá ser, pelo bem do Brasil”
(Editorial de O Povo - Fortaleza - 3 de Abril de 1964)

“Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade ... Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas”
(Editorial do Jornal do Brasil - Rio de Janeiro - 1º de Abril de 1964)

“Milhares de pessoas compareceram, ontem, às solenidades que marcaram a posse do marechal Humberto Castelo Branco na Presidência da República ...O ato de posse do presidente Castelo Branco revestiu-se do mais alto sentido democrático, tal o apoio que obteve”
(Correio Braziliense - Brasília - 16 de Abril de 1964)

“Vibrante manifestação sem precedentes na história de Santa Maria para homenagear as Forças Armadas. Cinquenta mil pessoas na Marcha Cívica do Agradecimento”
(A Razão - Santa Maria - RS - 17 de Abril de 1964)

“Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e afirmar-se. Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não moveu o País, com o apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de responsabilidades”.
(Editorial do Jornal do Brasil - Rio de Janeiro - 31 de Março de 1973)

“Golpe? É crime só punível pela deposição pura e simples do Presidente. Atentar contra a Federação é crime de lesa-pátria. Aqui acusamos o Sr. João Goulart de crime de lesa-pátria. Jogou-nos na luta fratricida, desordem social e corrupção generalizada”.
(Jornal do Brasil, edição de 01 de abril de 1964.)

"Participamos da Revolução de 1964 identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada".
Editorial do jornalista Roberto Marinho, publicado no jornal" (O Globo", edição de 07 de outubro de 1984, sob o título: "Julgamento da Revolução").

Mais algumas manchetes:

31/03/64 – CORREIO DA MANHÃ – (Do editorial, BASTA!): "O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual. Agora, basta!"

1°/04/64 – CORREIO DA MANHÃ – (Do editorial, FORA!): "Só há uma coisa a dizer ao Sr. João Goulart: Saia!"

1o/04/64 – ESTADO DE SÃO PAULO – (SÃO PAULO REPETE 32) "Minas desta vez está conosco"... "dentro de poucas horas, essas forças não serão mais do que uma parcela mínima da incontável legião de brasileiros que anseiam por demonstrar definitivamente ao caudilho que a nação jamais se vergará às suas imposições."

02/04/64 – O GLOBO – "Fugiu Goulart e a democracia está sendo restaurada"... "atendendo aos anseios nacionais de paz, tranqüilidade e progresso... as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-a do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal".

02/04/64 – CORREIO DA MANHÃ – "Lacerda anuncia volta do país à democracia."

05/04/64 – O GLOBO – "A Revolução democrática antecedeu em um mês a revolução comunista".

05/04/64 – O ESTADO DE MINAS – "Feliz a nação que pode contar com corporações militares de tão altos índices cívicos". "Os militares não deverão ensarilhar suas armas antes que emudeçam as vozes da corrupção e da traição à pátria."

06/04/64 – JORNAL DO BRASIL – "PONTES DE MIRANDA diz que Forças Armadas violaram a Constituição para poder salvá-la!"

09/04/64 – JORNAL DO BRASIL – "Congresso concorda em aprovar Ato Institucional".

Cabe salientar que João Goulart foi eleito por voto, em eleição direta. Era o chamado "populista".
Não havia revolução comunista em curso. Havia, isso sim, uma organização maior d@s trabalhador@s, estudantes e camponeses. E que, ainda assim, não foram capazes de reagir ao golpe.
O inaceitável, para as elites brasileiras, como sempre foi, era o povo pobre brasileiro receber alguma coisa, ter seus direitos reconhecidos.
Hoje, a mesma imprensa constrói estórias, fatos, reportagens, denúncias e, por outro lado, omite, finge não ver o que acontece... dependendo de quem interessa defender ou derrubar...
Para exemplificar:
Por que havia hoje na capa da Folha de São Paulo a manchete:
"Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfin Netto" com uma foto da ministra da Casa Civil, quando presa pela ditadura???
Por que a revista Veja não noticiou a guerra entre policiais civis e militares, ocorrida no fim do ano passado???
Censura, na mídia empresarial, é o interesse do editor em publicar ou não...

manchetes de jornal tiradas do sítio internet da Agência Carta Maior, no link:
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15896

Antes Que Vocês Morram de Infarto

por Luis Carlos Azenha no sítio internet Vi o Mundo

A cobertura dos jornais brasileiros sobre o lançamento de um foguete da Coréia do Norte meramente repete propaganda dos Estados Unidos, sem oferecer qualquer contexto. Nem o New York Times se mostra tão escandalizado.

Os Estados Unidos dispõe hoje de 450 mísseis balísticos intercontinentais com 500 ogivas nucleares. A Rússia dispõe de 415, com 1.422 ogivas "a bordo". Outros 30 países do mundo contam com mísseis balísticos em seus arsenais, com alcances de 120 a 10 mil quilômetros, de produção doméstica ou comprados das grandes potências.

Quando se diz que a Coréia do Norte poderia alcançar com seu míssil o território dos Estados Unidos, estão falando "em tese". Muito pouco se sabe sobre a confiabilidade do sistema que dá direção ao foguete. Quando se diz que o país poderia colocar uma arma nuclear no foguete, é mentira. Não há nenhum indício de que a Coréia do Norte tenha desenvolvido a capacidade de transformar um artefato nuclear rústico em uma ogiva suficientemente sofisticada para ser colocada na ponta de um foguete.

Além de vender jornal, essa "imagem" presume que os norte-coreanos seriam suficientemente malucos para atacar os Estados Unidos com um único foguete, recebendo de volta uma chuva de bombas nucleares. Por causa da crise econômica, o Pentágono corre o risco de ter parte de seu orçamento cortado pelo governo Obama. Por isso, criar novas "ameaças externas" é fundamental. Especialmente quando se debate se é mesmo necessário construir o sistema anti-mísseis que foi apelidado de "guerra nas estrelas" e que renderia polpudas verbas aos construtores de armas norte-americanos.

Não desfazendo da paranóia do patético regime da Coréia do Norte, é curioso ver que a Folha de S. Paulo, por exemplo, soa o alarme dos neocons como nem mesmo a mídia dos Estados Unidos vem fazendo. São as "armas de destruição em massa" de volta.

link para postagem original:

http://www.viomundo.com.br/opiniao/antes-que-voces-morram-de-infarto/

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Será que o Serra não estava sabendo disto?

por - Kleber Luis

Rodoanel: Camargo Corrêa cheira mal

Deu no correio Braziliense:
Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) entre janeiro de 2007 e julho de 2008 encontrou indícios de superfaturamento na construção do trecho sul do Rodoanel, em São Paulo, com participação direta da empreiteira Camargo Corrêa, alvo principal da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal. A Procuradoria da República e a PF requisitaram ao órgão
detalhes do suposto prejuízo aos cofres públicos causado pela empreiteira, calculado em R$ 39,6 milhões.

TCU vê possível superfaturamento em obras do Rodoanel

Agência Estado

Publicação: 01/04/2009 09:38 Atualização: 01/04/2009 09:42

Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) entre janeiro de 2007 e julho de 2008 encontrou indícios de superfaturamento na construção do trecho sul do Rodoanel, em São Paulo, com participação direta da empreiteira Camargo Corrêa, alvo principal da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal. A Procuradoria da República e a PF requisitaram ao órgão detalhes do suposto prejuízo aos cofres públicos causado pela empreiteira, calculado em R$ 39,6 milhões.
Segundo o TCU, a obra, com valor estimado em R$ 3,6 bilhões, obteve “permissão de preços unitários até 30% acima dos preços de referência”. O ministro relator do processo, João Augusto Ribeiro Nardes, avalia o processo. A Camargo Corrêa, que trabalha em consórcio com a Serveng no lote 4 do Rodoanel, avisou que já apresentou sua defesa ao órgão.
O TCU apurou as supostas irregularidades por meio de exame de documentos, inspeções no canteiro de obras e entrevistas. Segundo a auditoria, além dos possíveis desvios da Camargo Corrêa, há indícios de sobrepreço em todos os cinco lotes. Os casos mais graves seriam os dos lotes 1 e 5, administrados pelos consórcios OAS/Mendes Júnior e Andrade Gutierrez/Galvão Engenharia, respectivamente. O suposto sobrepreço praticado pelas empreiteiras teria
causado prejuízos na ordem de R$ 83 milhões.
Ainda de acordo com o texto, Odebrecht/Constran (lote 2) teria praticado sobrepreço de R$ 39,3 milhões, e Queiroz Galvão/CR Almeida (lote 3) sobrepreço de R$ 21,3 milhões. As construtoras OAS, Mendes Júnior, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Odebrecht Constran e Camargo Corrêa apresentaram suas alegações de defesa em meados de janeiro. Os desdobramentos do
processos podem fazer com que os contratos sejam refeitos ou anulados e os valores em tese superfaturados sejam ressarcidos aos cofres públicos. Este ambiente esta sujeito a monitoramento.