segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Carlos Marighella *5/12/1911 +4/11/1969


Há 39 anos, era assassinado na Rua Casa Branca, centro de São Paulo, o ex-deputado e dirigente da Ação Libertadora Nacional, Carlos Marighella.
Comunista, Marighella acreditava que o único caminho para enfrentar a ditadura militar era a luta armada. Ele, que já havia sido preso pela repressão em outras ocasiões, participou do sequestro do embaixador estadunidense Charles Elbrick, que acabou desencadeando o recrudescimento da violência dos militares.
Vári@s companheir@s dele foram pres@s, torturad@s e assassinad@s. Mesmo freis franciscanos foram presos por colaboração com a ALN. Estes, sob tortura, revelaram o esquema de encontros que tinham com Marighella, embora não haja certeza de que outros militantes também não tenham revelado outras informações.
O delegado Sérgio Paranhos Fleury, conhecido torturador, planejou uma emboscada na avenida Casa Branca, onde eram realizados os encontros.
Marighella era tão temido pela polícia, que foram mobilizados dezenas de homens para a emboscada, que durante a ação acabaram acertando-se entre sí. O mais absurdo é que Marighella não usou sua arma, pois sequer teve tempo de reagir. Morreram uma investigadora e um protético, e um agente ficou gravemente ferido. O dirigente da ALN foi fuzilado no meio da rua. Acabava assim a vida de um homem que se dedicou a luta, política e militarmente, contra a desigualdade e pelo fim da repressão e da injustiça contra o povo pobre brasileiro.
A ALN continuou atuando até 1974, mas a maioria de seus militantes foi assassinada pela ditadura militar.

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