terça-feira, 30 de junho de 2009

Total isolamento internacional a golpistas em Honduras

por Michelle Amaral da Silva no sítio internet do Brasil de Fato

Golpistas instalados no governo de Honduras receberam nesta terça-feira (30) o repúdio unânime da comunidade internacional, que exige a restituição incondicional do presidente do país, Manuel Zelaya
Golpistas instalados no governo de Honduras receberam nesta terça-feira (30) o repúdio unânime da comunidade internacional, que exige a restituição incondicional do presidente do país, Manuel Zelaya

Prensa Latina

Os golpistas instalados no governo de Honduras receberam nesta terça-feira (30) o repúdio unânime da comunidade internacional, que exige a restituição incondicional do presidente dessa nação, Manuel Zelaya.

Nenhum país e instituição, em escala regional e mundial, reconhece o Executivo de fato encabeçado por Roberto Micheletti, que juramentou nesta segunda-feira (29) a parte do gabinete que, segundo ele, o acompanhará até o término do mandato em curso, no início de 2010.

A repulsa mundial terá nesta terça-feira (30) um palco, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em Nova York, onde Zelaya intervirá.

O presidente do máximo órgão da ONU, Miguel D' Escoto, convidou oficialmente o mandatário hondurenho a se expressar nessa tribuna, que reúne 192 Estados.

Também se pronunciará nesta terça a Organização de Estados Americanos (OEA), cujos membros reclamam à instituição posturas mais enérgicas na condenação à quebra da ordem constitucional e o Estado de Direito na nação hondurenha.

Todos os países da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) decidiram retirar aos embaixadores em Tegucigalpa enquanto continuar o governo de fato.

Também não reconhecerão os diplomatas que forem nomeados pelos golpistas, só os designados pelo presidente constitucional Manuel Zelaya.

O Grupo de Rio e os membros do Sistema de Integração Centroamericana (SICA) condenaram energicamente a situação durante um encontro extraordinário realizado na segunda-feira na Nicarágua, com a participação dos chefes de Estado.

Composto por 23 países latinoamericanos, o Grupo de Rio considerou que a restituição do dignatário hondurenho em suas legítimas funções deverá ocorrer sem condicionamento algum e chamaram os militares a subordinar-se a Zelaya, que é o comandante Chefe das Forças Armadas.

Esse mecanismo de integração e acordo regional também chamou a OEA a adotar soluções drásticas para restituir a democracia em Honduras.

"O golpe não pode ficar impune, e seus autores deverão responder pelos crimes cometidos contra o povo", estimou o presidente cubano, Raúl Castro, que conclamou o governo dos Estados Unidos a atuar em concordância com seus pronunciamentos de rejeição ao golpe.

Nicarágua, El Salvador e Guatemala, limítrofes com Honduras, decidiram fechar suas fronteiras por 48 horas para todas as mercadorias que entram e saem do território hondurenho.

A União de Nações Sulamericanas e a União Européia (UE) emitiram sua rejeição oficial ao golpe perpetrado pelos militares em aliança com setores oligárquicos.

No caso dos Estados Unidos, seu embaixador em Honduras, Hugo Llorens, disse que seu país não reconhecerá outro governo que não seja o de Zelaya e apoiará os esforços para restabelecer a ordem constitucional.

"O único presidente que Washington reconhece em Honduras é o presidente Zelaya, quero que todo mundo o tenha claro", manifestou Llorens.

A posição foi ratificada pelo mandatário estadunidense, Barack Obama, que manifestou preocupação e pediu respeito às normas democráticas.

link para postagem original aqui

Nenhum comentário: